Muito mais do que um estudo, a análise SWOT está diretamente atrelada à avaliação de sua organização e auxilia no processo de tomada de decisões.

Fundamentada pelo americano Albert Humphrey (1926-2005), que era consultor de negócios e de administração, a análise SWOT está entre um dos principais conceitos e técnicas quando se pensa em marketing. Basicamente, ela foi desenvolvida para analisar os cenários organizacionais e dar suporte no processo de tomada de decisões.

Quando a análise SWOT é feita?

Via de regra, a análise SWOT costuma ser feita antes da implementação de novos projetos na organização, de modo que seja possível mensurar o impacto e a viabilidade de tais projetos. Além disso, também é importante para entender o seu posicionamento estratégico no mercado, para implementar possíveis melhorias em serviços e produtos, entre outras funções.

Vale ressaltar que a análise SWOT proporciona um diagnóstico simples e introdutório: ela costuma ser um bom ponto de partida, mas, sozinha, não consegue contemplar todos os pontos para a tomada de decisões e análise do contexto organizacional da empresa.

O que significa a sigla da análise SWOT?

A sigla SWOT vem do inglês Strenghts, Weaknesses, Opportunities and Threats, que, em tradução literal, significa Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. É comum encontrarmos alguns sites e estudos que se referem de maneira abrasileirada, referindo-se como análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças).

Independente de estar escrito como análise SWOT ou FOFA, ambas têm o mesmo significado e os mesmos objetivos, por isso, não se apegue muito às nomenclaturas. O que é importante ter em mente na hora de fazer a análise SWOT é que os elementos que a compõem podem ser subdivididos em dois grupos: os elementos de variáveis internas e os de variáveis externas.

Variáveis internas (Forças e Fraquezas):

As variáveis internas são aquelas que se concentram no interior da organização, contemplando as forças e fraquezas do negócio, e como o nome já pressupõe, se as variáveis são internas, a empresa possui controle sobre elas. Entenda melhor com os exemplos listados a seguir:

• Tempo de atuação no mercado;
• Localização da empresa;
• Sua reputação;
• Recursos financeiros e recursos humanos;
• Gestão e marketing;
• Acesso à matéria-prima, materiais e equipamentos;
• Capacidade de operação.

Variáveis externas (Oportunidades e Fraquezas)

Por outro lado, quando falamos sobre as variáveis externas, nos referimos ao contexto externo ao qual a organização ou negócio está inserido, portanto, são englobadas nas variáveis externas as oportunidades e ameaças. Não bastando essa divisão, dentro das variáveis externas, elas ainda podem ser classificadas entre o microambientee o macroambiente. Entenda alguns exemplos.

Microambiente

• A empresa em si;
• Seus fornecedores;
• Clientes;
• Concorrentes;
• Públicos.

Macroambiente

• Decisões políticas;
• Mudanças na legislação (que podem favorecer ou atravancar);
• Avanços tecnológicos;
• Recursos naturais;
• Competitividade.

É importante ter em mente que as variáveis externas podem sugerir tanto um cenário favorável quanto um cenário desfavorável à empresa e, ao contrário das variáveis internas, essas costumam fugir do controle da organização.

Afinal, como fazer a análise SWOT do meu negócio?

Para colocar em prática, é necessário definir, portanto, as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças que cercam a organização. Visando auxiliar na elaboração de sua análise SWOT, tente responder às seguintes questões:

• Quais os principais atributos da sua empresa?
• Você possui uma equipe engajada?
• Você possui clientes engajados?
• Como sua empresa é avaliada no mercado?
• Quais os seus diferenciais competitivos?
• O que você faz para fidelizar os seus clientes?
• Quais as suas vantagens sobre a concorrência?

Em síntese, a análise SWOT ajuda a sintetizar o momento de uma empresa, mas, como já vimos anteriormente, não diz muita coisa sozinha. Há uma tendência cada vez maior, sobretudo quando pensamos no marketing contemporâneo, de olhar para além das organizações, buscando entender as pessoas.

Entender o ambiente externo e as pessoas que o compõem tem sido cada vez mais decisivo para o sucesso ou insucesso das organizações e marcas presentes no mercado. Além disso, vale uma reflexão: o que olhamos dentro da empresa está condicionado ao que vem de fora.

Mas… como assim?

Em outras palavras, o ambiente interno do seu negócio está condicionado às demandas e necessidades externas. Geralmente, novos processos, produtos e serviços são implementados mediante à apresentação de uma demanda, seja ela por parte do seu público-alvo, das autoridades, enfim.

Quando pensamos, por exemplo, em empresas que passam a investir em sustentabilidade, processos de reciclagem e logística reversa, há uma mudança interna, mas que parte de uma pressão externa, que vem do público, movimentos sociais, ativistas, etc. O mesmo ocorre quando identificamos uma fraqueza da empresa: a maneira que é utilizada para tentar solucionar essa fraqueza sempre visa “olhar para fora” da organização.

De todo modo, a análise SWOT é uma ferramenta fundamental que auxilia na ampliação do conhecimento sobre a organização e serve também para a avaliação de fatores externos que podem tanto comprometer o negócio quanto servir de oportunidades para o crescimento.